Um dos filmes mais aguardados do ano finalmente chegou às telonas e já dividiu o público entre os que amaram e os que odiaram. Algumas resenhas não pouparam críticas negativas ao filme, mas será que ele é tão ruim como dizem? Não existe nada que salve a nova produção do universo da DC Comics no cinema? É o que você vai ver na nossa primeira (de muitas que estão por vir) Crítica #TMM! Clique em Leia Mais para ler a crítica completa (sem spoilers). "Esquadrão Suicida", terceiro longa do universo compartilhado da DC Comics nos cinemas, tinha primeiramente apenas um desafio: introduzir ao grande público personagens até então desconhecidos por muitos, inclusive por aqueles que acompanham as HQs da editora. Porém, depois de "Batman vs Superman - A Origem da Justiça" ter sido massacrado pela crítica especializada, o longa do diretor David Ayer tinha mais um objetivo: reconquistar a confiança da audiência que havia sido abalada no último filme. Mas parece que as coisas ficaram um pouco incertas.
Logo no início, o filme se mostra diferente de seu antecessor. Começa rápido, dinâmico, com diálogos provocantes e ação, além de ser embalado por uma trilha-sonora mais popular e animada. De imediato já somos apresentados aos integrantes do grupo, com o perfil de cada vilão flutuando na tela com muita cor, neon (como nos materiais de divulgação), momentos em flashback e mais música, sendo que cada faixa refletia, de certo modo, a personalidade do personagem. Essa sequência surpreende e chega até a desconcertar quem assiste. Talvez teria funcionado melhor se a ordem fosse oposta: mostrar primeiro as cenas do passado de cada vilão e depois apresentá-los formalmente. Porém à partir deste ponto já se torna claro o tom que se seguirá ao londo das próximas duas horas: um filme mais leve, com piadas e mais cores. Tão rápido como o início do filme, o vilão principal já é apresentado ao público, e é aí que o ritmo eletrizante do longa acaba atrapalhando um pouco o enredo ao explicar as motivações do antagonista do grupo, e acaba por repetir clichés. Os cortes não colaboram e deixam o espectador com algumas dúvidas, porém o filme segue seu caminho. Felizmente quando os vilões são chamados para combater a tal ameça, o longa parece encontrar um ritmo mais agradável. Os personagens apresentam uma relação confortável entre si como se este já fosse o segundo ou terceiro filme da franquia. Ninguém fica deslocado, por mais que não tenha tanto destaque. Porém teria sido legal se personagens como Crocodilo, Katana e Capitão Bumerangue tivessem tido mais cenas e diálogos. Will Smith como Pistoleiro tem grande destaque no filme, sendo um dos protagonistas. Entrega uma boa interpretação e seu arco cria um grande vínculo com o espectador, assim como o arco de outro personagem, El Diablo de Jay Hernandez, que também possui um bom desenvolvimento e cresce conforme o filme se desenrola. Viola Davis está impecável como Amanda Waller. É como se o papel não pudesse ter sido interpretado por mais ninguém no mundo! Viola entrega uma personagem que, assim como nos quadrinhos, consegue intimidar os piores vilões e maiores heróis, além de manter uma postura de ferro. Mas inegavelmente, quem rouba a cena (não só a cena mas o filme inteiro!) é Margot Robbie como Arlequina. Ela É a Arlequina! Consegue mesclar a insanidade e humor da personagem com sua sensualidade e força sem parecer forçado ou atuação. Seus momentos que oscilam entre comédia e drama, e revelam a complexidade da personagem, são surpreendentes e mostram o talento da atriz. Aliás, ela está melhor que Jared Leto como Coringa. O maior vilão dos quadrinhos aparece pouco no filme e em suas cenas não convence muito. Parece apenas um mafioso de cabelo verde com alguns surtos psicóticos. Talvez isso seja porquê muitas sequências de seu personagem foram cortadas na versão final, prejudicando assim uma análise melhor de sua interpretação. Um ponto que deve ser comentado é a forma como sua relação com Arlequina foi abordada na tela: eles se mostram um casal apaixonado, bem diferente dos quadrinhos onde são conhecidos por protagonizar uma relação de abuso. Ao som de uma ótima trilha-sonora, "Esquadrão Suicida", mesmo com alguns problemas de desenvolvimento, se mostra um bom filme e entrega um bom entretenimento ao público. Possui piadas na medida certa e cenas de ação muito boas. Talvez se a Warner não tivesse se intrometido tanto na edição e pós-produção (pois vimos cenas nos trailers que não estavam na telona), teríamos um dos melhores filmes de heróis de todos os tempos e um ponto fora da linha tradicional de filmes do gênero. Vamos torcer para que estes erros não se repitam no futuro, já que o universo DC nos cinemas tem tudo e mais um pouco pra dar certo! NOTA: 7/10. Crítica de Giovanni Oliveira. |
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